Refinanciamento de empréstimo consignado: será que vale a pena? Confira aqui
O refinanciamento de empréstimo consignado, ou “refin”, é uma opção cada vez mais popular para quem busca reorganizar suas finanças.
A operação envolve renegociar o saldo devedor do contrato de empréstimo existente, ajustando as condições de pagamento, como prazos e taxas, sem necessidade de mudar de banco.
Em muitos casos, o refinanciamento permite até a liberação de um valor extra, chamado “troco”, que pode ajudar o titular a enfrentar despesas urgentes. Mas será que vale a pena?
Esta prática tem sido amplamente adotada por aposentados, pensionistas do INSS, servidores públicos e funcionários de empresas privadas com bancos conveniados. No entanto, é essencial entender os detalhes e avaliar se esta é a melhor escolha para suas finanças.
Titular pode renegociar parcelas
O refinanciamento de empréstimo consignado ocorre quando o titular de um contrato de crédito renegocia as parcelas restantes do empréstimo em condições novas e, muitas vezes, mais vantajosas.
Através desta modalidade, é possível ajustar o prazo de pagamento, reduzir o valor das parcelas ou até mesmo receber uma quantia adicional, caso tenha quitado uma parte significativa da dívida.
A principal vantagem do refinanciamento é que ele mantém o desconto automático na folha de pagamento ou benefício, o que garante um baixo índice de inadimplência. Assim, ele oferece condições especiais, como taxas de juros mais acessíveis em comparação a outros tipos de crédito pessoal.
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Tipos de refinanciamento de consignado
Existem duas principais modalidades de refinanciamento para empréstimos consignados:
Refinanciamento com troco
Neste caso, além de renegociar as condições do contrato, o cliente recebe um valor extra, chamado de “troco”. Por exemplo, um titular com saldo devedor de R$5.000 e um crédito inicial de R$10.000 pode refinanciar o valor e obter um “troco” de R$2.000 na conta.
Refinanciamento sem troco
Nesta opção, o saldo devedor é apenas redistribuído em um novo prazo, sem valores adicionais. Esta alternativa é recomendada para quem busca reduzir o valor das parcelas ou aumentar o prazo de pagamento.
Essas opções permitem mais flexibilidade para o titular ajustar o pagamento conforme sua condição financeira atual, especialmente em momentos de dificuldades.
Quem pode solicitar o refinanciamento?
O refinanciamento está disponível para diferentes categorias de trabalhadores e beneficiários, incluindo:
- Aposentados e pensionistas do INSS
- Servidores públicos
- Funcionários de empresas privadas com convênio bancário
Cada categoria tem suas próprias particularidades, e as regras podem variar de acordo com a instituição financeira. A maioria dos bancos exige que o cliente tenha quitado entre 15% e 30% do valor original do contrato antes de solicitar o refinanciamento.
Documentação necessária para o refinanciamento
Para realizar o refinanciamento, alguns documentos são essenciais, como:
- Para aposentados e pensionistas do INSS: Contrato bancário, histórico de consignação (HISCON) e extratos bancários.
- Para funcionários de empresas privadas: Contrato bancário e ficha financeira.
O HISCON é um documento que registra as consignações e pode ser solicitado em agências bancárias e pela internet. Ele serve como prova da relação de crédito estabelecida e é utilizado para demonstrar os dados da operação.
Como solicitar o refinanciamento
O pedido de refinanciamento pode ser feito de maneira digital ou presencial. Em algumas instituições, basta acessar o aplicativo ou site e solicitar o refinanciamento diretamente, facilitando o processo.
Alternativamente, o cliente pode visitar a agência para conversar com o gerente e alinhar as melhores condições para o contrato.
Em caso de dificuldades para solicitar o HISCON, especialistas recomendam registrar todas as tentativas de contato com a instituição financeira para facilitar a argumentação jurídica, se necessário.
Vantagens do refinanciamento de empréstimo consignado
O refinanciamento de consignado pode ser uma excelente opção para aqueles que precisam de mais prazo, menores parcelas ou um valor adicional. Algumas vantagens dessa modalidade incluem:
- Redução no valor das parcelas: Ao estender o prazo de pagamento, o refinanciamento permite que o cliente pague um valor menor mensalmente, ajudando no planejamento financeiro.
- Liberação de margem consignável: Com parcelas menores, é possível liberar parte da margem consignável, que pode ser usada para novos créditos ou para manter as despesas sob controle.
- Troco em conta: O refinanciamento com troco possibilita que o titular receba um valor adicional, o que pode ser útil em situações emergenciais, sem a necessidade de novos empréstimos.
- Acesso a taxas mais baixas: Ao renegociar o contrato, muitas vezes o cliente consegue taxas de juros mais baixas, o que reduz o custo total do empréstimo.
Essas vantagens tornam o refinanciamento uma opção atraente para quem busca ajustar as finanças e garantir mais flexibilidade.
Cuidados e limitações do refinanciamento
Antes de optar pelo refinanciamento, é importante observar alguns pontos:
- Avaliação do perfil de crédito: Nem sempre as condições de juros são vantajosas, principalmente para aqueles com histórico de atrasos.
- Novo prazo de pagamento: Embora o refinanciamento possibilite parcelas menores, ele pode aumentar o prazo total da dívida, elevando os juros finais.
- Margem consignável: A operação não pode ultrapassar a margem consignável de 30% da renda, o que pode limitar o valor das parcelas ou do troco recebido.
Para quem possui empréstimos ativos e suspensos, a análise cuidadosa do HISCON é essencial para verificar se a renegociação realmente será benéfica. É sempre indicado comparar os valores das parcelas e os prazos para garantir que a operação será vantajosa a longo prazo.
Quando optar pela portabilidade de crédito
A portabilidade de crédito é outra opção para quem busca melhores condições financeiras. Diferente do refinanciamento, a portabilidade envolve a transferência do empréstimo para outro banco.
Este recurso pode oferecer taxas mais competitivas e condições diferenciadas, como novos prazos e possibilidades de redução de juros.
A portabilidade pode ser feita a qualquer momento e é recomendada para quem deseja economizar nas parcelas, mas não precisa de um valor adicional.
Afinal, vale a pena fazer o refinanciamento?
Optar pelo refinanciamento de crédito consignado pode ser vantajoso para quem precisa de condições de pagamento mais flexíveis ou de um valor extra para gastos imediatos.
Para aqueles que desejam equilibrar as finanças, o refinanciamento oferece uma forma prática de ajustar os prazos e as parcelas sem comprometer a renda mensal.
Entretanto, a decisão de refinanciar deve ser ponderada. Especialistas recomendam que o cliente avalie se o novo prazo e os valores se adequam ao seu orçamento e se realmente contribuem para uma melhoria na saúde financeira.